segunda-feira, 14 de maio de 2012

SEM APOIO DA TV BRASIL PODE FICAR FORA DA F-1 EM 2013

Nesse domingo assistimos a primeira vitória de um piloto “pagante” na F-1, se trata do venezuelano Pastor Maldonado que é financiado pela petrolífera PDVSA que é do governo da venezuela, e mais, essa petrolífera ainda patrocína o venezuelano Ernesto Viso na F-Indy e tem alguns pilotos na GP2 incluindo uma equipe.

 

 

 

 

 

Com isso o país de Hugo Chavez coloca seus pilotos e sua empresa nas principais categorias do Automobilismo e mais leva o nome da sua estatal para mercados no mundo inteiro como os EUA, Europa, Asia e até o Oriente Médio. A prova que esse tipo de investimento dá retorno é só olhar para a Malaia PETRONAS ou alguém aqui antes dela aparecer na F-1 colocava os óleos dela no carro?

A Vitória de Pastor Maldonado só vem mostrar a realidade da F-1 atual que não se sustenta apenas em nomes e mitos, hoje o que rege a principal categoria do automobilismo é dinheiro. Assim como Maldonado leva a PDVSA para a Willians, Gorjean leva o grupo GENNI, Alonso leva o SANTANDER, Vettel tem a REDBULL como parceira comercial, entre tantos outros que poderíamos falar aqui.´

E os nosso brazucas, Felipe Massa esse ano entrou com a TNT e ITAIPAVA, mas é um patrocínio infimo perto do Santander e não lhe garante vaga no grid em 2013, não pelo menos em uma equipe no mínimo competitiva, já Bruno Senna fez uma engenharia financeira com Carlos Slim com a Embratel e o multi-milionário Eike Batista e mais a MRV Engenharia e tudo isso lhe renedeu apenas um ano de contrato e conviver com um fantasma chamado Valtieri Bottas.

Porém todo esse esforço acaba tendo para o empresário brasileiro pouco retorno, pois a única e principal emissora de televisão do país se esforça ao máximo para que os patrocinadores pouco ou nem sejam mostrados dentro da sua transmissão, ou seja, com essa atitude poucas empresas mostram interesse em ter o seu nome associado ao piloto.

A TV GLOBO ainda não acordou que sem dinheiro não tem piloto brasileiro correndo logo, não tem interesse do público e conseqüentemente baixa a audiência, por exemplo domingo a corrida teve uma média de 10 pontos no IBOPE.  Um produto com pouca audiência tem o seu valor publicitário reduzido, o que gera menos lucro para emissora de televisão.

Dessa forma o Depto. Comercial da emissora carioca precisa entender que patrocínio do atleta significa dinheiro para ele estar em evidência e assim estando chama audiência, que valoriza a competição transmitida com mais ibope, o que traz mais dinheiro nos acordos publicitários.

Temos duas novas promessas surgindo na GP2 que são Luiz Razia e Felipe Nasr, Razia traz o seu grupo RAZIA como patrocinador, mas precisa de uma empresa mais forte para conseguir um bom lugar no grid. Felipe Nasr conta hoje com apoio do Banco do Brasil e de Eike Batista. Além deles temos Luas di Grassi que estando em qualquer uma das 7 principais equipes não faria feio, porém como todo piloto brasileiro sua maior dificuldade está em conseguir patrocínio. 

 

 

 

 

 

 

Então não é que falte talento ou pilotos brasileiro e sim falta a principal emissora de TV entender o seu papel para que a principal categoria do automobilismo mundial não fique sem representantes do país. Para os empresários brasileiros a vitória de Maldonado mostra que por mais que a TV não queira a exposição da marca de forma gratuita, o retorno em mídia sempre vem, ou alguem duvida que a PDVSA não se tornou mais conhecida depois da vitória!

Para fechar a maior prova que a crise de brasileiros na F-1 não está nos talentos mas sim na falta de dinheiro, pego aqui a frase de um dos maiores dirigentes de F-1 do mundo sir Frank Willians publicada no site TOTALRACE:

“A verdade é que, se não tem grana, não pode correr na F-1.”  (Frank Willians)

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