Nesse domingo teremos mais uma entrevista do jogador Adriano, outra vez ele criticando o clube de onde saiu, dizendo que vai voltar a jogar e fazendo aquela carinha de bom moço arrependido.
O que me chama a atenção é o destaque seguido que o Fantástico dá a esse jogador, foi assim depois do sumiço dele na favela, foi assim quando saiu do flamengo, da mesma maneira quando deixou o Roma e agora após a saída do Corinthians.
Interessante disso é que em todas essas entrevistas as instituições ou pessoas que estavam a frente delas é que o magoaram e não agiram de maneira correta. Raramente ele assume que foi responsável pela sua demissão ou recisão do clube em que estava.
Adriano é a figura pública do mal que assola a sociedade atual, onde os jovens não assumem suas responsabilidades, acham culpados pelas suas falhas e raramente são punidos pelos seus erros.
Esse sentimento de como se encontra a sociedade se espalha pelas redes sociais, em especial o facebook, onde diversas figuras mostram o sentimento de impunidade que impera entre os alunos, muitas vezes apoiadas pelos próprio pais.
Pais que deveriam ser os primeiros a darem limites e ensinar o sentido de justiça e de punições diante de falhas, preferem dar o apoio ao filho visando assim cubrir as diversas vezes que fica em falta com o filho por conta dos compromissos de trabalho.
A falta de creches, berçários e escolas de período integral também colaboram para que formemos jovens e adultos com senso de impunidade e irresponsabilidade, uma vez que sem vagas essas crianças, adolescentes e jovens acabam ficando com seus avós que por sua vez diante da sua limitação tentam fazer o que pode.
Adriano é a exposição pública da falha do sistema educacional (Sociedade-Família). Ao invés de tentar recuperar o Imperador, deviámos estar lutando para recuperar as nossas crianças e adolescentes que estam crescendo abandonados por um poder público que só tem interesses polítcos partidários.
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