quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Automobilismo Nacional

Olá amigos, já faz um tempo que não posto nada por aqui, mas essa semana um assunto em especial me chamou a atenção, que é o automobilismo brasileiro com destaque para os pilotos brazucas por aí.

O Brasil começou a se interessar por uma tal F-1 com as vitórias de Emerson Fittipaldi e José Carlos Pace. O mesmo Emerson também abriu caminho para uma tal F-Indy, que já foi sucesso e hoje tenta retomar seus caminhos de glória com a presença de Rubens Barrichello.

 

 

 

 

 

Porém no último domingo um outro sobrenome brasileiro que já fez muito sucesso na F-1. O filho do tricampeão Nelson Piquet, Nelsinho Piquet, conseguiu ser o primeiro brasileiro a vencer em uma das categorias da Nascar, a Truck Series, após ter seu nome envolvido em um dos maiores escândalos da Fórmula 1 o piloto brasileiro resolveu retomar a carreira no automobilismo americano e mais numa das categorias mais tradicionais na terra do Tio Sam. Seu objetivo é ser o primeiro brasileiro a ser campeão da Nascar.

Na tarde de ontem outro promissor piloto brasileiro anunciou que estará fazendo uma corrida solo pela equipe Audi nas 6 horas de São Paulo em uma das etapas da LeMans Series. Segundo Lucas, atual piloto de testes da Pirelli, existe uma possibilidade de ser piloto da equipe no ano que vem, caso venha a fazer uma boa participação em Interlagos. Interessante, porque essa é outra categoria que não desperta atenção do público aqui por falta de pilotos em equipes de ponta. Durante a entrevista de Lucas Di Grassi ele destacou o fato de estar correndo por uma montadora e sem precisar levar patrocínio para equipe.

A verdade é que como por mais de duas décadas o Brasil teve pilotos ganhando na F-1 se vendeu a imagem de que essa é a categoria maior do automobilismo mundial. Segundo o próprio Di Grassi a tecnologia aplicada nos carros da LeMans são tão ou até mais avançadas do que a F-1, até por isso lá tem um numero maior de montadoras envolvidas do que na Fórmula 1.

Infelizmente Bernie Eclestone transformou a categoria em um verdadeiro espetáculo tão grandioso como a Copa do Mundo ou as Olímpiadas, porém transformou o esporte em negócio e isso está muito claro no grid de hoje da categoria: RedBull(investiu em Vettel), McLaren(investiu em Hamilton), Ferrari(tem um patrocinio monstro de um banco espanho que investe onde Alonso está), Lotus(Grojean traz o dinheiro e agenciado pelo chefe de equipe), Force India (tem parceria com McLaren e Mercedes tem um piloto ingles agenciado pelo pai do Hamilton e um piloto alemão), Willians (Pastor Maldonado bancado pela petrolifera Venezuelana e Bruno Senna bancado pela petrolifera de Eike Batista e ainda tem Toto Wolf que é acionista e tem que por o seu piloto na equipe), STR(que é a filial da RBR para seus pilotos agenciados), Sauber (financiada pelo multimilionário Mexicano Carlos Slim que patrocina a carreira de Sérgio Perez e pelo que se sabe em off o Kobayashi também leva uma verba da Toyota), Caterham(tem dinheiro do Vitaly Petrov), Marrusia(banca o salario do Timo Glock e a outra vaga é por leilão), a Hispania(a vaga Katherkian bancada pela Tata) e aí sobrou a Mercedes que não entrou nessa lista, mas tem como principio ter uma equipe 100% alemã. Dessa forma Felipe Nasr e Luiz Razia só poderão entrar na F-1 se o cheque que eles trouxerem na carteira for realmente muito bom, caso contrário serão mais dois grandes pilotos sem espaço na Fórmula-1.

Como sabemos da realidade financeira do nosso país não dá condição para cobrir os cheques que estão rodando na F-1 é torcer para que os pilotos brasileiros que estão abrindo fronteiras nessas novas categorias tenham sucesso e possam chamar a audiência da TV aberta e fechada e assim abrir espaço para outros pilotos brasileiros que estão dispontando nas categorias de base  por aí ou para que McLaren ou RedBull descubram algum deles.

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